Ao abordar o tema da morte por si só abrange muita complexidade, se deparar com uma condição em que o ser humano busca interrupção radical para livrar-se de um estado de intensa dor psíquica.
Independente do ponto de vista pelo qual é analisado o comportamento suicida, sempre há uma dimensão central relacionada ao sofrimento. Nessa mesma direção é possível pensar no sofrimento que direciona a pessoa ao ato suicida, no sofrimento do enfrentar uma perda através do comportamento suicida de um membro da família, assim como os efeitos sociais que tal ato promoveu.
Estima-se, ainda, pontuar o fato de que cada indivíduo que tenta realmente se suicidar “abandona atrás de si muitas outras – amigos e familiares – que consequentemente a vida será profundamente prejudicada desde o ponto de vista social, emocional e econômico”.
Aprendemos no texto A importância de dar voz ao luto! precisamos falar sobre a morte! que não devemos esperar viver o sofrimento da morte, para ir em busca do que nos faz feliz em vida. Sendo assim, dar voz as angústias existenciais é o primeiro passo para aproximarmos do desejo de dar continuidade a vida.
Os estímulos da prevenção do comportamento suicida devem estar relacionados as informações dos fatores de risco, no que é fundamental priorizar as ações voltando-se sempre ao que pode ser modificado. A prevenção do suicídio ocorre por meio da diminuição dos fatores de riscos e reforço dos fatores ditos protetores, como por exemplo, sentir-se integrado a uma comunidade ou grupo, a psicoterapia pode auxiliar a lidar com as questões emocionais, bons vínculos afetuosos, estar casado ou com companheiro fixo, religiosidade, ter filhos pequenos.
Os valores sociais podem interferir como fatores de proteção ou de risco. Por exemplo, sociedades que legitimam a reciprocidade, nas quais há incentivos para conversas sobre os problemas com diversas pessoas e são abertas a mudanças e trocas de opinião, parecem proporcionar aspectos mais protetivos frente a possibilidade de ocorrer suicídio. Já em sociedades nas quais pedir auxilio é visto como um sinal de fragilidade ocorre o oposto.
Uma medida protetiva contra o suicídio pode ser a tentativa de enxergar tudo pelo lado bom, ou seja, uma percepção otimista da vida com motivos para prosseguir vivendo, opondo-se a ausência ou falta de esperança, por exemplo, o sentimento de importância na vida de outros indivíduos – amigos e família, o afeto aos filhos.
Mas nem sempre manter essa visão positiva sobre a vida é fácil, desta forma, o acompanhamento psicológico é essencial para a construção do fortalecimento emocional.
Alguns fatores de risco para o suicídio pode ser certas situações clinicas (como doenças crônicas da qual o indivíduo fica inabilitado, dolorosas intervenções, desfigurantes), personalidade que possuem fortes traços de agressividade e impulsividade, perdas recentes, perdas de membros parentais na infância, fácil acesso a meios letais, conturbações na dinâmica familiar. Pessoas que já tentaram o suicídio é um grupo considerado de maior risco para cometer o ato.
De modo geral, o sentimento de “pertencer”, através do sentir-se fortemente ligado a um grupo étnico ou religioso, a uma família ou algumas instituições, a uma comunidade pode proteger a pessoa do suicídio. Compreende-se nesse sentido que há uma restrita união das manifestações do suicídio com sentimentos de desesperança e solidão.
O suicídio abrange assuntos socioculturais, ambientais, filosófico existenciais, genéticas e psicodinâmicas, já o transtorno mental em quase sua totalidade dos casos é um fator influenciador que precisa estar presente para que aconteça o suicídio do indivíduo, quando ligado a outros fatores.
A agregação entre depressão e suicídio é evidente, o tratamento adequado e o diagnóstico precoce são um dos métodos mais eficientes a se reduzir suicídio.
Sendo assim, considerar os aspectos que reduz o suicídio vale reconhecer que possam oferecer a essas pessoas outras contingencias de enfrentamento das doenças ou dificuldades que os direcionam a buscar nesse ato fatal uma solução para seu sofrimento.
Gostou do post? Dê um curtir no Facebook aqui embaixo…
[optin-cat id=267]
- Dor não se compara, se ampara sempre. - 26 de julho de 2019
- Dizer NÃO! Veja porque é tão importante aprender a dizer essa palavra - 18 de julho de 2019
- Egoísmo no Relacionamento – Entrevista com a Psicóloga Aline Lisboa - 5 de julho de 2019
Amo todos os posters