Se você tem uma alma aventureira, seus olhos devem brilhar com a possibilidade de concretizar um intercâmbio.
Mas sabemos que há necessidade de muitos planejamentos, enfrentamento de algumas burocracias, muitas expectativas, um intenso frio na barriga ao iniciar a contagem regressiva para o grande dia, sem contar aquele aperto no coração durante e após a festa de despedida organizada pelos amigos e familiares, não é mesmo?
Vivenciar um intercâmbio pode ser uma experiência rica em todos os aspectos da vida, mas com tantas novidades, alguns mecanismos psíquicos, como por exemplo, a fuga dos pensamentos sobre as possíveis dificuldades e a idealização de uma mudança plena que proporcione apenas sentimentos bons, se tornam presentes não só para quem vai realizar o intercâmbio, mas para aqueles que ficam.
No texto “Falando sobre sentimentos. Fugir é mesmo a melhor solução? Descubra!” foi mencionado que em algumas situações realizamos tentativas de fugir dos sentimentos, acreditando que uma viagem repleta de belas paisagens pode vir a ser a solução dos conflitos interiores. Porém no mesmo texto, aprendemos que essas fugas não são tão eficazes, afinal não conseguimos fugir de nós mesmos.
As adaptações à nova cultura promove a necessidade de sair da zona de conforto, o que provoca a sensação de que todas as emoções são extremamente mais intensas. É um período de muita vulnerabilidade emocional, já que em grande maioria, não há a presença física da família e amigos, o que dificulta no acolhimento necessário para o enfrentamento do novo.
Ao mesmo tempo em que a fragilidade se torna presente, a coragem de um intercambista é digno de reconhecimento e admiração. O adeus para o reencontro pode ser doloroso, mas proporciona um caminhar repleto de apropriação da vida.
O que fazer quando as delícias de vivenciar um intercâmbio perde momentaneamente o sabor? Diante de um turbilhão de emoções e questionamentos solitários o processo de psicoterapia poderá proporcionar o fortalecimento necessário para emersão de uma experiência saudável. É o momento ideal para um mergulho nas próprias emoções, permitir a desconstrução, para então, reconstruir-se sempre mantendo um olhar ativo para o auto conhecimento! Vale ressaltar que voltar para o país de origem também provoca a necessidade de uma readaptação, afinal não se volta de uma experiência como essa da mesma forma que se saiu.
Se você está planejando ou já está vivenciando as delícias e as dificuldades de um intercâmbio, lembre-se que quem faz o roteiro da sua viagem interior é você! Permita-se fortalecer para que essa experiência te proporcione não só boas histórias e lembranças incríveis, mas que também provoque um reencontro ao seu eu interior.
Carl Gustav Jung enfatiza que até você se tornar consciente, o inconsciente irá dirigir sua vida e você vai chama-lo de destino, então busque essa conscientização para a vida como um todo e tenha o mundo de possibilidades em suas mãos.
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